Comecei com uma ideia simples: montar um encontro inspirado nos astros brasileiros que admiro. Peguei meu caderno velho e rabisquei os nomes dos jogadores que não podiam faltar – Pelé, Zico, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho. Até coloquei a Marta ali, porque mulher também brilha no futebol, né?

A parte complicada
- Primeiro, tentei achar fotos raras na internet. Quase três horas clicando e só aparecia aquelas imagens batidas que todo mundo conhece.
- Depois pensei em imprimir os retratos pra colar num mural. Só que minha impressora deu pau logo na segunda folha – tinta acabou e o papel emperrou.
- Fui tentar fazer com recortes de revista velha. Achava que tinha guardado edições antigas, mas só encontrei revistas de culinária da minha avó.
O desenrolar foi mais engraçado que planejado
Desisti de tudo e peguei minha caixa de canetinha colorida. Risquei uns bonecos palito na parede branca da sala. O Pelé ficou com perna torta, o Ronaldo parecia um frango assado. Até a Marta saiu com cabeça quadrada.
Minha mulher chegou do trabalho e soltou: “Cadê os craques? Só vejo monstros do Silent Hill aí!”. A gente caiu na gargalhada juntos. Acabamos desenhando juntos, ela fez o Zico com bigode de lápis e eu pintei o Ronaldinho com dente torto de caneta vermelha.
Salvando a bagunça
Tirei foto do mural zoado com meu celular. Coloquei um filtro preto e branco pra disfarçar as cores berrantes. Ficou tão ruim que até ficou bom – parecia arte moderna de boteco. Postei no meu feed com a legenda “All Stars na pressão”.
O engraçado foi que os amigos começaram a mandar versões piores ainda. Meu primo fez com massa de modelar e o Ronaldo ficou parecendo um saco de batatas. Até meu chefe mandou uma foto com desenho no guardanapo de restaurante. Virou uma corrente de homenagens tortas pros nossos ídolos.

Moraleira do dia
No fim, percebi que brasileiro nem precisa de coisa chique pra celebrar seus astros. Um lápis capenga, uma parede manchada e muita zoeira já viram tributo. Até errado a gente faz direito – que é o jeito brasileiro de ser.