Como eu comecei a estudar o Botafogo
Peguei meu notebook velho aqui e pensei: “Por que o Botafogo tá oscilando tanto?” Abri umas planilhas sujas com resultados dos últimos jogos, tudo bagunçado. Anotei cada gol tomado com caneta vermelha num caderno amassado que uso pra tudo.
O que botei no papel
- Vi que o time leva gols fácil depois dos 35 minutos do segundo tempo – todo mundo cansado
- Os caras fazem falta besta perto da área – parece que perdem a cabeça
- Quando tão ganhando, se escondem em vez de buscar outro gol
Minha experiência na raça
Fui lá no Nilton Santos num domingo de sol quente. Cheguei cedo pra ver o time treinando. Reparei numa coisa: nos exercícios de finalização, os reservas acertavam mais que os titulares! O técnico gritava pra pressionar mas no jogo mesmo ninguém subia.
Depois do treino, conversei com um senhor que assiste todo jogo desde 1978. Ele me deu a letra: “Esse time não sabe sofrer”. Quando o adversário empata, os caras desmontam. Lembrei do que ele disse quando vi o Botafogo perder dois gols de vantagem contra o Palmeiras.
O que tentei fazer na prática
Montei um grupo no ZAP com uns amigos botafoguenses. Sugeri:
- Rodízio no elenco – não dá pra esgotar os mesmos 11 toda partida
- Treino específico pra manter a concentração nos minutos finais
- Colocar os guris da base pra dar sangue nos últimos 20 minutos
Tentei aplicar isso na minha pelada de quarta-feira. No começo foi caótico – todo mundo querendo jogar desde o início. Mas quando reservei os mais velozes pro segundo tempo, virávamos vários jogos!
Lição que ficou
Voltei pro meu caderno e anotei em letra garrafal: “Não adianta ter estrela se não tem perna pra correr”. O Botafogo tem talento, mas precisa:
- Gerir melhor as energias
- Testar a molecada com mais frequência
- Contra times grandes, tentar o primeiro gol em vez de só se defender
Essa foi minha zoeira de dois meses analisando cada detalhe. No final, cansei tanto quanto os caras no segundo tempo. Mas pelo menos entendi onde tá a raiz do problema.