Olha, pessoal, hoje vou contar um pouco sobre uma coisa que andei fazendo nas últimas semanas, uma análise meio ‘caseira’ dos ataques lá na Liga Italiana de Vôlei. Sabe como é, a gente que é fã fica curioso pra entender melhor as coisas.
Tudo começou porque eu sou viciado em vôlei, e a liga italiana, vamos combinar, é sensacional. Assistindo aos jogos, ficava sempre com a pulga atrás da orelha: “Por que tal time vira mais bola?”, “Qual o segredo daquele atacante específico?”. Eu queria ir um pouco além do ‘feeling’, sabe?
Então, resolvi arregaçar as mangas. Primeira coisa: assistir muitos jogos. Mas não só assistir torcendo, e sim prestando atenção nos detalhes do ataque. Separei alguns times que eu queria acompanhar mais de perto.
Aí veio a parte prática: como registrar isso? Não tenho acesso àquelas estatísticas super detalhadas que as comissões técnicas usam. Então, fui na raça mesmo. Abri uma planilha simples no computador. Podia ser um caderno também, mas no computador achei mais fácil pra organizar depois.
Defini umas coisas básicas pra anotar em cada ataque que eu via:
- Quem atacou (o jogador).
- De onde veio o levantamento (se foi um passe bom, médio, ruim – meio no olho mesmo).
- Qual a posição do ataque (ponta, saída, meio, fundo).
- O resultado: foi ponto? Foi erro (na rede, pra fora)? A defesa pegou e deu contra-ataque?
Gente, que trabalheira! Pensa em ficar pausando vídeo, voltando um pouquinho, anotando… Fiz isso com vários jogos dos times que escolhi. Demora, viu? Precisa de paciência. Às vezes, um jogo levava horas pra ‘destrinchar’ desse jeito.

O que comecei a perceber
Depois de um tempo nesse batidão, algumas coisas começaram a saltar aos olhos. Não é nenhuma ciência de foguete, mas foi legal ver na prática:
- A dependência do passe: Nossa, como um passe ruim dificulta a vida do levantador e, consequentemente, do atacante! Quando o passe vinha quebrado, a chance de vir um ataque mais ‘marcado’ ou forçado era bem maior.
- Bola de segurança: Fica claro quem são os jogadores de confiança. Em momentos apertados, a bola geralmente ia pra eles. E alguns correspondiam mais que outros.
- Velocidade pelo meio: Quando o passe permitia e o levantador acelerava pelo meio, a taxa de sucesso parecia bem alta. O bloqueio muitas vezes nem chegava.
- Erros não forçados: Notei bastante erro de ataque bobo, bola pra fora sem tanta pressão do bloqueio. Isso custa caro no placar.
Claro que essa minha análise é bem básica. Tem muito mais coisa envolvida: a tática do adversário, o momento do jogo, o cansaço dos jogadores… Minha planilha não pegava tudo isso.
Usei basicamente o player de vídeo do computador e um programa de planilha (tipo Excel ou Google Sheets, o que tiver na mão serve). Nada de software especial ou coisa do tipo.
Foi mais um exercício de curiosidade mesmo, pra tentar entender um pouco mais a fundo o jogo que eu tanto gosto. Deu pra confirmar algumas impressões que eu tinha e ver outras coisas que nem imaginava. É um processo contínuo, na verdade. Quanto mais você assiste com esse olhar, mais coisas percebe.
Enfim, foi essa minha ‘aventura’ analisando os ataques italianos. Deu trabalho, mas foi legal pra caramba mergulhar um pouco mais nesse universo. E continuo assistindo, agora com um olhar um pouco mais ‘treinado’!
