Bom, hoje o treino foi puxado, como sempre. Mas teve uma hora que me peguei pensando naqueles caras, sabe? No Rickson Gracie e nos irmãos dele. A gente ouve tanto falar, vê vídeo, lê sobre a história toda.

Aí, no meio do rola, eu tava tomando um amasso ali na guarda fechada. Normal, acontece. Mas em vez de só tentar explodir pra sair, eu lembrei daquela calma deles, daquela pressão constante. Pensei: “peraí, deixa eu tentar fazer o básico bem feito, como dizem que eles faziam”.
Minha Prática Inspirada Neles
Então, o que eu fiz foi o seguinte:
- Primeiro: Respirei fundo. Tentei acalmar a mente, parar de pensar em mil saídas mirabolantes.
- Segundo: Foquei na postura do meu parceiro. Onde ele tava dando brecha? Como eu podia quebrar a postura dele só com meu quadril e minhas pegadas? Coisa simples.
- Terceiro: Comecei a trabalhar as pegadas. Mão na gola, mão na manga. Bem firme, sem afobação. Ajustando, buscando o controle antes de pensar em atacar ou raspar.
- Quarto: Usei o quadril pra incomodar. Pequenos ajustes, pressãozinha chata, sabe? Pra ele começar a errar.
Não vou dizer que funcionou de primeira, claro. Levei um tempo ali, gastando energia, mas de um jeito diferente. Não era mais aquela força bruta, era mais… paciência. Técnica básica, feijão com arroz.
E o resultado?
Olha, não finalizei o cara com um golpe espetacular nem nada disso. Mas eu senti que controlei melhor a situação. Gastei menos energia à toa e consegui, depois de um tempo, abrir a guarda dele nos meus termos, não nos dele. E numa outra hora, consegui raspar usando essa pressãozinha constante.

Foi uma sensação diferente. De entender na prática um pouco daquela filosofia que a gente tanto escuta sobre os Gracie mais antigos. Focar no fundamento, ter calma, usar a técnica acima da força bruta.
Terminei o treino mais cansado fisicamente de um jeito bom, sabe? E com a cabeça pensando que preciso voltar mais vezes pra esse básico. É nele que a mágica acontece, eu acho. Foi um bom lembrete hoje no tatame.