Minha prática sobre ‘os caras legais’
Então, esses dias eu estava pensando sobre essa coisa de ser um ‘cara legal’, sabe? Não é nada de filme, não. É só… tentar fazer a coisa certa no dia a dia, mesmo nas coisinhas pequenas. E aí eu resolvi colocar isso em prática, de propósito mesmo, pra ver como era.
Tudo começou numa manhã de terça. Eu estava saindo pra padaria, aquele ritual de sempre. Aí eu vi o seu Manoel, um vizinho meu, um senhor já de idade, tentando manobrar o carro pra sair da garagem. A rua aqui é apertada, e ele estava com uma dificuldade danada. Ficava naquela de vai e vem, e nada. Dava pra ver a frustração no rosto dele.
Na hora, pensei em passar reto. Estava com um pouco de pressa, queria meu pão quentinho. Mas aí veio aquela vozinha: “custava ajudar?“. Decidi que não custava. Larguei a minha ‘missão pão francês’ por um instante.
Fui até lá. Cheguei devagar, né, pra não assustar. Dei um bom dia e perguntei: “Seu Manoel, quer uma ajudinha aí pra sair? Posso dar uma olhada pra você.”
Ele abriu um sorriso meio sem graça. Falou: “Ô, meu filho, se não for incômodo… essa tralha velha aqui tá me dando um baile hoje.”
Então, fiquei ali na calçada, gesticulando. “Vem mais um pouquinho… pode vir… agora vira tudo pra direita… isso! Agora pra esquerda… aí, deu!” Foi coisa de dois minutos, talvez menos.
Ele conseguiu sair com o carro. Abaixou o vidro e agradeceu umas três vezes. “Deus lhe pague, viu? Tirou um peso das minhas costas!“
Eu só dei um joinha e falei “que nada, seu Manoel, bom dia pro senhor!”. E segui meu caminho pra padaria.
Pode parecer bobagem, né? Mas olha, o pão naquele dia pareceu até mais gostoso. Não fiz nada demais, não salvei o mundo. Mas foi um momento ali, uma conexão rápida, uma ajuda simples. Foi a minha pequena prática de tentar ser um ‘good guy’, um cara legal naquele dia.
E o registro que fica é esse: às vezes, a gente não precisa de grandes feitos. Um gesto pequeno, prestar atenção em quem está do lado, oferecer ajuda sem esperar nada… já faz uma diferença danada. Pra quem recebe e, olha, pra gente mesmo também. Foi isso que eu pratiquei e senti naquele dia.