Bom, hoje vou contar uma coisa que aconteceu aqui em casa esses dias, uma pequena saga que eu chamei de “pico de luz”, mais pela sensação do que por qualquer outra coisa mirabolante.

Tudo começou com um abajur antigo, daqueles de metal, sabe? Que ficava lá no canto da sala. Um dia, simplesmente parou de funcionar. Pensei logo: “Ah, pronto. Mais uma coisa pra jogar fora”. A gente hoje em dia tem essa mania, né? Quebrou, lixo. Mas aí fiquei olhando pra ele, um trambolho simpático até.
A decisão de tentar
Pensei comigo: “Quer saber? Vou dar uma olhada nisso”. Não sou eletricista nem nada, mas curiosidade a gente tem. Separei umas ferramentas básicas, coisa pouca mesmo:
- Chave de fenda
- Alicate
- Fita isolante (essa não pode faltar!)
Com cuidado, comecei a desmontar o bicho. Tirei a cúpula, a lâmpada (que já tinha testado e não era o problema), e fui abrindo a base. Confesso que deu um medinho de estragar mais ou de tomar um choque, mesmo desligado da tomada.
Mão na massa
Lá dentro, aquele emaranhado de fios. Fui seguindo o caminho da energia, desde o cabo que entrava na base até o soquete da lâmpada. Olhei, cutuquei com a chave (com cabo isolado, claro!), e nada parecia solto de cara. Já estava quase desistindo, pensando “não nasci pra isso”.
Mas aí, bem escondidinho, perto do interruptor, vi um fio meio frouxo, com a ponta meio escura. Bingo! Parecia que tinha soltado ou queimado o contato. Com o alicate, cortei a pontinha feia, descasquei um pedacinho do fio de novo e prendi bem firme no terminal do interruptor. Usei a fita isolante pra garantir que não ia encostar em nada.

Fechei tudo de volta, com aquela sensação de “será que vai?”. Coloquei a lâmpada, respirei fundo e… liguei na tomada.
Nada.
Pensei: “Droga”. Mas aí lembrei que não tinha apertado o interruptor do próprio abajur. Girei o botãozinho e… PÁ! A luz acendeu! Aquele clarão na sala pareceu até mais forte. Foi o meu “pico de luz” pessoal ali.
Pode parecer besteira, consertar um abajur velho. Mas a sensação de resolver um problema com as próprias mãos, de não ter descartado algo que ainda tinha conserto, foi muito boa. Economizei uma grana, evitei gerar mais lixo e ainda ganhei uma história pra contar. No fim das contas, às vezes a gente só precisa de um pouco de paciência e vontade de olhar mais de perto.