Então, pessoal, hoje vou contar uma experiência recente aqui. Deu a louca em mim e resolvi que queria tentar fazer uns tais de “desenhos radicais”. Sabe como é, né? Aquelas paradas com mais atitude, traços fortes, meio fora da caixa. Vi umas coisas na internet e pensei: “por que não tentar?”.
Primeiro passo, claro, foi dar aquela fuçada básica. Joguei lá no buscador “desenhos radicais para desenhar” pra ver o que aparecia. Veio de tudo um pouco: uns monstros meio dark, letras estilizadas que parecem grafite, uns tribais complexos pra caramba, caveiras com detalhes mil. Confesso que deu uma animada, mas também um frio na barriga. Pensei: “Será que eu dou conta disso?”.
Separei o material, coisa simples mesmo: lápis, borracha, umas folhas de sulfite. Nada de equipamento chique. A ideia era só experimentar, sentir a vibe.
Mão na Massa (ou no Lápis)
Sentei na mesa, escolhi uma referência que não parecia tão impossível e comecei. Tentei replicar umas formas mais pontudas, angulares. Aquele estilo agressivo, sabe? Cara, que dificuldade! Meu traço parecia teimoso, não saía firme como eu queria. As linhas ficavam meio trêmulas, a proporção ia pro espaço.
Fiz um esboço. Apaguei. Fiz outro. Apaguei de novo. A borracha trabalhou bastante nesse dia. Lembro de tentar fazer umas letras estilizadas, tipo pichação, mas ficou parecendo mais um garrancho de criança nervosa. Comecei a ficar meio frustrado, pensando que talvez “radical” não fosse muito a minha praia.
- Primeiro, tentei copiar um personagem com armadura cheia de espinhos. Falhei miseravelmente.
- Depois, fui pra umas formas abstratas com linhas retas e cantos vivos. Saiu torto.
- Aí arrisquei um olho meio sombrio, com traços pesados. Esse ficou “menos pior”, mas ainda longe do que eu imaginava.
Ajustando a Rota
Percebi que tava tentando abraçar o mundo. Aqueles desenhos “radicais” que a gente vê por aí geralmente são feitos por gente que manja muito, que tem técnica. Eu tava querendo pular etapas. Aí pensei: “Calma lá, vamos simplificar”. Em vez de copiar algo super complexo, decidi focar em elementos soltos.
Comecei a praticar só linhas mais firmes, hachuras mais marcadas pra dar sombra, formas geométricas com ângulos agudos. Sem me preocupar em fazer um desenho completo, só em pegar o jeito do traço mais “agressivo”. Foi um processo de tentativa e erro mesmo. Rabisquei bastante, sem muito compromisso.
O Resultado e a Reflexão
Olha, sendo bem sincero, não saiu nenhuma obra-prima daqui. Os desenhos finais ficaram… bem, ficaram com a minha cara, com minhas limitações. Não são exatamente o que eu chamaria de “radicais” se comparados com as referências. Mas quer saber? O processo valeu muito a pena.
Foi bacana sair do comum, experimentar algo que me desafiou. Deu pra sentir um pouco daquela energia diferente no traço, mesmo que de forma meio desajeitada. No fim das contas, o mais “radical” foi ter pego o lápis e encarado a folha em branco, sem medo de errar feio (o que aconteceu várias vezes, rs).
Então, fica a dica: se der vontade de tentar algo novo, mesmo que pareça difícil ou fora do seu estilo, vai fundo! O importante é a prática, a experiência. O resultado a gente vai ajeitando com o tempo. Pelo menos foi divertido rabiscar um pouco e sair da rotina.