Olha, falar de jaqueta das Olimpíadas me acende uma memória aqui. Não é de hoje, mas marcou, sabe?
Lembro bem da época das Olimpíadas aqui no Rio, lá em 2016. A cidade estava diferente, um clima que só vendo pra crer. Todo mundo falava disso, e a gente via as cores do Brasil e dos jogos em tudo que é canto.
A busca pela tal jaqueta
Eu cismei que queria uma daquelas jaquetas. Não precisava ser a oficial dos atletas, caríssima e difícil de achar, mas algo que lembrasse aquele momento.
Primeiro passo: fui bater perna nas lojas de esporte. Fui em umas três grandes. Tinha muita coisa, camisa, boné, mas a jaqueta que eu imaginava, nada. Ou era muito simples, ou o preço era lá nas alturas.
Pensei comigo: “Não vou dar um rim por uma jaqueta, né?”. Mas a vontade continuava.
Conversei com um pessoal, perguntei onde talvez achasse algo legal, com um preço mais camarada. Um colega de trabalho comentou de umas lojas mais pro centro da cidade, que vendiam umas coisas diferentes.
Segundo passo: tirei um sábado pra isso. Fui lá pro centro. Andei, viu? Entrei em várias galerias, lojas menores. A gente tem que garimpar nessas horas.
- Vi umas bem sem graça.
- Outras pareciam de qualidade duvidosa.
- Quase desisti.
Já estava meio cansado, pensando em pegar o metrô de volta, quando entrei numa lojinha pequena, meio escondida. O vendedor, um senhor simpático, me mostrou um modelo.
Bingo! Era ela. Não era a oficial, claro. Mas tinha as cores do Brasil, um tecido bom, um corte bacana. E tinha um detalhezinho bordado, discreto, que lembrava os anéis olímpicos. Na hora eu pensei: “É essa!”.
Usando e guardando a recordação
Comprei. Nem lembro quanto paguei, mas não foi nada absurdo. Saí de lá todo feliz.
Usei bastante naquela época. Andava pela rua me sentindo parte daquilo tudo, sabe? Era uma sensação boa, de orgulho mesmo.
O tempo passou, as Olimpíadas acabaram, a vida seguiu. A jaqueta foi pro armário.
Outro dia, fazendo aquela arrumação de inverno, dei de cara com ela. Peguei na mão, olhei. Ainda tá inteira! O tecido é bom, daqueles que aguentam o tranco.
Deu até uma nostalgia. Não é só uma peça de roupa, né? Traz junto a lembrança daquele tempo, daquele clima na cidade.
Acho que é isso. Às vezes a gente busca uma coisa “oficial”, mas o que marca mesmo é a história que a gente viveu pra conseguir algo ou enquanto usava aquilo. Essa minha jaqueta “quase olímpica” é um exemplo disso pra mim.