Olha, vou te contar como foi pra mim pegar o jeito das regras do vôlei. Não foi da noite pro dia, não. Comecei jogando na rua, na praia, aquela coisa bem solta, sabe? A regra era basicamente: não deixar a bola cair e passar por cima da “rede”, fosse ela um varal ou uma corda amarrada.
Mas aí a coisa começou a ficar um pouco mais séria. Entrei num time amador, pra brincar nos fins de semana, e percebi que o buraco era mais embaixo. A primeira coisa que me pegou foi o rodízio. Nossa, que confusão! Entender quem ia pra onde, quando sacar, quando ir pra rede… demorou um bocado pra entrar na cabeça. A gente errava direto, e o pessoal do outro time ficava apontando.
Aprendendo na Marra
Depois vieram os detalhes que no começo a gente nem liga:
- Dois toques: No começo, eu achava que qualquer levantada meio torta era dois toques. Tive que aprender a diferenciar o toque “sujo” do toque normal. Levei bronca do juiz improvisado várias vezes.
- Condução: Essa também! Segurar a bola um pouquinho a mais? Pronto, falta. Aprendi que o toque tem que ser rápido, limpo.
- Toque na rede: Ah, essa rede… Vira e mexe minha mão ou a camisa esbarrava ali no meio do bloqueio ou atacando. Demorei pra pegar o tempo certo de saltar e evitar encostar.
- Invasão por baixo: Passar o pé todo pro lado adversário debaixo da rede? Falta também. E por cima, só pode invadir depois de atacar a bola. Coisinhas que só jogando e errando pra aprender.
- Saque: Não pisar na linha, jogar a bola pra cima antes de bater… Parece simples, mas na hora do jogo, com a pressão, vira e mexe o pé ia pra dentro da quadra antes da hora.
Não tinha jeito, era jogar, prestar atenção no que o pessoal mais experiente falava, observar os jogos na TV também ajudava. Ver os profissionais jogando e como o árbitro marcava as coisas clareava muito a mente. Eu tentava entender o porquê de cada apitada.
O que mudou pra mim? Tudo! Entender as regras fez o jogo ficar muito mais legal. A gente parou de brigar tanto por causa de lance duvidoso (bom, diminuiu, né? Sempre tem um chororô). E passei a admirar mais ainda quem joga sério, porque não é fácil seguir tudo certinho na velocidade que o vôlei exige.
Hoje, quando bato uma bola com os amigos, mesmo que seja na brincadeira, tento seguir as regras direitinho. Fica mais organizado, mais justo. E quando assisto um jogo profissional, consigo sacar na hora o que o juiz marcou. Foi um processo, viu? Mas valeu a pena cada erro e cada aprendizado ali na quadra.
