Ah, o Challenger de Brasília… Falar disso me traz umas lembranças, viu. Não exatamente do tênis em si, mas de toda a correria que rolava na cidade naquela época.
Eu estava metido num projeto lá em Brasília, uns anos atrás. Não tinha nada a ver com esporte, era coisa de logística, um negócio que parecia simples no papel, mas na prática… nossa senhora. Lembro que coincidiu com a época de um desses torneios, acho que era esse Challenger mesmo. A cidade ficava um caos, tudo mais cheio, mais complicado pra se mover.
A Saga da Logística em Brasília
Meu trabalho era tentar organizar umas entregas grandes, material pesado, coisa que precisava de caminhão, de horário certo. E aí, meu amigo, com evento na cidade, tudo travava. Era um tal de:
- Rua bloqueada por causa do jogo.
- Hotel lotado, a equipe que vinha de fora penava pra achar lugar.
- Tudo mais caro, do almoço ao transporte.
Era um Deus nos acuda. A gente passava o dia no telefone, tentando remarcar, negociando com motorista, explicando pra cliente por que a carga ia atrasar de novo. Parecia que a gente estava enxugando gelo, sabe?
Lembro de uma vez que um caminhão ficou preso horas num desvio que inventaram por causa do fluxo pro torneio. O motorista ligando desesperado, o cliente do outro lado pressionando. E eu ali no meio, no escritório alugado, com um ar condicionado que mal funcionava, tentando resolver o impossível.
Aquele período foi um teste de paciência. Eu passava mais tempo apagando incêndio do que fazendo o trabalho andar de verdade. Aquilo me desgastou demais.
A Virada de Chave
Foi nessa época, no meio desse furacão em Brasília, que comecei a pensar se era isso mesmo que eu queria. Aquela pressão toda, a sensação de que meu esforço não adiantava muito porque dependia de mil fatores externos… começou a pesar.
Um dia, depois de mais uma ligação estressante, eu saí pra tomar um café. Vi o pessoal indo pro tal Challenger, maior animação. E eu ali, moído. Pensei: “Cara, preciso mudar alguma coisa.”
Não foi do dia pra noite, claro. Mas aquele perrengue todo em Brasília, intensificado pela muvuca do evento, foi o empurrão que faltava. Voltei pra minha cidade, comecei a procurar outras coisas, algo com menos imprevisibilidade.
Acabei indo pra uma área completamente diferente, mais ligada a planejamento interno, menos dependente de trânsito, evento, ou se São Pedro decidiu mandar chuva. Foi a melhor coisa que fiz. Hoje tenho mais controle do meu dia, menos estresse.
Então, quando falam do Challenger de Brasília, eu lembro do tênis, claro, mas na minha cabeça vem logo a imagem daquele caos logístico e da decisão que mudou minha vida profissional. É engraçado como as coisas se conectam, né?
