Olha, vou te contar uma coisa sobre essa história de “tênis estranhos”. Não é nem que eu saia por aí caçando o tênis mais bizarro do mundo, sabe? Mas aconteceu uma vez que me peguei fuçando na internet, como sempre faço quando tô sem muito o que fazer.

Eu tava lá, rolando a tela, vendo um monte de coisa, roupa, eletrônico, aquela coisa toda. Aí comecei a reparar nuns anúncios que não paravam de aparecer. Era cada tênis… um mais esquisito que o outro. Sabe aqueles modelos que parecem que saíram de um filme de ficção científica B? Ou aqueles com umas solas gigantes, cheias de buraco, umas cores que você nem sabe se combinam? Pois é.
No começo eu só ria, achava engraçado. Pensava: quem diabos usa um negócio desses? Mas aí, de tanto ver, comecei a ficar curioso. É que nem música chiclete, sabe? Toca tanto que uma hora você se pega pensando nela.
A Curiosidade Falou Mais Alto
Então, num belo dia, depois de ver pela milésima vez um modelo particularmente chamativo – acho que era um verde limão com uns detalhes laranja e uma sola que parecia feita de mola –, eu pensei: “Quer saber? Vou comprar essa joça”. Não foi nem pelo estilo, foi mais pela experiência, pra ver qual era a sensação.
Fui lá, cliquei. O preço nem era tão absurdo, o que até me deixou mais desconfiado. Pensei: deve ser desconfortável pra caramba, ou vai desmontar na primeira esquina. Mas paguei mesmo assim. Boleto, pra dar tempo de pensar se era uma boa ideia (não pensei, claro).
Demorou umas duas semanas pra chegar. Quando a caixa chegou, eu já tinha até esquecido. Abri o pacote e dei de cara com o tal tênis. Cara… ao vivo era ainda mais estranho do que nas fotos. A cor era berrante, o material parecia meio plástico, meio borracha, sei lá. E a sola? Gigante.

Colocando a Esquisitice nos Pés
Calcei o bicho. E aí veio a surpresa: até que era confortável! Aquela sola esquisitona tinha um amortecimento bom. Fiquei andando pela casa com aquilo no pé, me olhando no espelho. Parecia que eu tinha dois barcos coloridos nos pés. Minha esposa olhou pra mim e só balançou a cabeça, rindo.
Resolvi testar na rua. Fui dar uma volta no bairro, comprar pão. Senti uns olhares, sim. Teve gente que olhou pro meu pé e depois pro meu rosto com aquela cara de “esse aí é doido?”. Mas ninguém falou nada. Acho que hoje em dia o pessoal tá mais acostumado a ver coisa diferente por aí.
Usei ele mais algumas vezes, confesso. Tinha uma lista de prós e contras na minha cabeça:
- Prós: Incrivelmente confortável; chamava atenção (se é que isso é um pró); era um bom tópico de conversa.
- Contras: Difícil de combinar com qualquer roupa; meio vergonhoso em certas situações; parecia que ia tropeçar a qualquer momento com aquela sola enorme.
No fim das contas, o tênis estranho acabou encostado lá no fundo do armário. A novidade passou, a graça meio que acabou. Foi uma experiência divertida, deu pra entender um pouco essa onda de coisas diferentes que aparecem por aí. Mas, pro dia a dia, eu voltei pro meu bom e velho tênis básico, sem muita invenção.
Então, essa foi minha aventura no mundo dos “tênis estranhos”. Não virei colecionador nem nada, mas pelo menos matei a curiosidade. E quer saber? De vez em quando, quando tô arrumando o armário e dou de cara com ele, ainda dou uma risada.