Olha, esses dias eu tava vendo um jogo da Sorana Cîrstea. Sabe como é, né? Às vezes a gente tá zapeando e para num jogo de tênis. E essa moça, a Cîrstea, tem uns momentos que joga demais, umas pancadas fortes, parece que vai engolir a adversária.
Mas aí… do nada, parece que desliga. Começa a errar bola boba, perde a concentração. É uma montanha-russa. E vendo isso, eu comecei a pensar… cara, isso sou eu todinho em várias coisas que tento fazer.
Minha própria montanha-russa
Lembrei de quando decidi que ia aprender a mexer com edição de vídeo. Baixei programa, vi tutorial no YouTube, cheio de gás. Nos primeiros dias, nossa, parecia que ia virar profissional. Fiz uns vídeos curtos, mostrei pra família, todo orgulhoso.
Aí começou a complicar. Tentar fazer uns efeitos mais maneiros, sincronizar áudio direito… rapaz, o negócio não ia. Dava erro, o programa travava, eu não achava a ferramenta certa. A empolgação foi murchando, murchando…
- Primeiro, adiei: “Ah, amanhã eu tento de novo”.
- Depois, veio a desculpa: “Tô sem tempo essa semana”.
- Por fim, larguei mão: “Isso não é pra mim mesmo”.
Igualzinho a Cîrstea num game que ela tá ganhando e de repente entrega. A gente começa com tudo e no primeiro obstáculo maior, já pensa em desistir. É um saco isso.
A prática de não desistir (ou tentar)
Aí, vendo ela jogar de novo outro dia, me deu um estalo. Pensei: “Quer saber? Vou pegar aquele projeto de edição de vídeo de novo”. Não pra virar editor profissional, mas só pela teimosia, pra não deixar o negócio morrer na praia de novo.
Foi um parto, viu? Reinstalei o programa, procurei outros tutoriais, mais simples. Foquei em fazer uma coisinha de cada vez, sem querer inventar muita moda. Editei um vídeo besta de um passeio. Ficou ruim? Ficou. Mas terminei.
Não é fácil manter a constância. A gente vê esses atletas, tipo a Cîrstea, e acha que é só talento. Mas tem uma luta interna ali, pra se manter no jogo, pra não deixar a peteca cair quando as coisas não saem como a gente quer. É uma prática diária, essa de continuar tentando, mesmo quando a vontade é chutar o balde.
No fim, assistir tênis acabou virando uma reflexão sobre mim mesmo. Doido, né? Mas é isso aí, a gente tira lição de onde menos espera.