Olha, vou te contar uma coisa que aprendi na marra, lá nos tempos que eu ralava com estoque. Esse negócio de “quebra”, a gente só entende de verdade quando sente no bolso e na prática do dia a dia.

Eu lembro direitinho, no começo, quando me falavam “precisa registrar a quebra”. Eu ficava meio perdido. Quebra do quê? Mas aí, no batente, a ficha caiu. Era ir lá conferir as prateleiras, contar os produtos, e sempre tinha aqueles coitados que não davam mais pra vender.
O que era na prática?
A gente encontrava de tudo um pouco. Era assim, ó:
- Caixa que caiu e amassou tudo dentro.
- Embalagem rasgada que alguém tentou abrir ou que simplesmente se desfez com o tempo.
- Produto vencido que ficou esquecido lá no fundo da prateleira (acontece!).
- Às vezes, até um item com defeito de fábrica que só vimos depois.
Isso era a tal da “quebra”. Era o produto que estava ali, na sua mão, mas que não tinha mais condição nenhuma de ir pra venda. Tava danificado, estragado, ferrado mesmo. Você via o problema, ele era físico.
Era diferente daquelas coisas que sumiam, sabe? Que você contava e recontava e faltava um item, sem rastro. Isso era outra história, mais pra “perda”, um mistério. A quebra não, ela tava ali, na sua cara, muitas vezes dando até tristeza de ver.
O processo chato, mas necessário
Aí não tinha jeito. Tinha que pegar cada item quebrado ou estragado, anotar direitinho o que era, o código, e o motivo. “Amassado”, “Vencido”, “Embalagem violada”. Fazia uma lista. Depois, era dar baixa no sistema pra ajustar o estoque e não contar com aquilo que já era, na verdade, lixo ou prejuízo.

Era chato? Demais. Principalmente quando a pilha de “quebra” ficava grande. Dava uma sensação ruim, de dinheiro indo pelo ralo. Mas tinha que fazer. Se não fizesse, a bagunça no controle do estoque virava uma bola de neve, e na hora de fazer um balanço sério, os números nunca batiam.
Então, resumindo a minha experiência: “quebra” é aquele produto que você tem na mão, mas não serve mais pra vender porque tá estragado, vencido, quebrado. É algo concreto, visível. Registrar isso é fundamental pra saber onde o dinheiro tá indo embora e pra manter o controle do que você realmente tem pra vender.