Olha, vou te contar uma coisa que me deu na telha esses tempos. Sabe o Lino, o zagueiro? Pois é. Deu a louca em mim de tentar pegar umas manhas dele pra levar lá pro nosso futebol de fim de semana.

Então, o que eu fiz? Primeiro, fiquei caçando uns vídeos dele. Vendo como o cara se posiciona, sabe? Aquela leitura de jogada, o jeito de chegar junto sem fazer falta toda hora. Pensei: “ah, isso aí dá pra tentar”. Ingenuidade pura, né?
Fui pro campo no sábado seguinte todo cheio de teoria. Logo no começo do jogo, tentei antecipar uma bola enfiada pro atacante dos caras. Passei que nem um raio… pela bola. O atacante só dominou e saiu rindo. Que vergonha, meu amigo!
Depois, teve um lance de mano a mano. Pensei: “vou dar o bote que nem o Lino!”. Resultado? Levei um drible tão seco que quase caí de bunda no gramado sintético. Ali eu já comecei a pensar que talvez não fosse tão simples assim.
A Realidade Bate Forte
Aí você para pra pensar na diferença. A gente assiste na TV, no estádio, e parece tudo tão… natural. O cara desliza, toma a bola, sai jogando. Mas na hora que você tá lá, com o fôlego curto e o adversário vindo pra cima, a história é outra.
Percebi umas coisas tentando imitar o estilo dele:

- O tempo de bola pra dar o bote certo é coisa de milésimos de segundo.
- O posicionamento dele não é só correr atrás da bola, é cobrir espaço, ler pra onde o jogo vai.
- E a força física pra aguentar o tranco no corpo a corpo? Nem se fala.
É outro nível de preparo, não tem jeito. A gente aqui no amador joga mais na raça, na vontade, e às vezes na sorte também.
No fim das contas, depois de levar uns três ou quatro dribles e quase arrumar uma confusão tentando ser xerife, eu desisti. Voltei pro meu basicão: cerca, espera o erro, dá chutão se precisar. É menos bonito? Com certeza. Mas pelo menos evito passar tanta vergonha.
Serviu pra dar mais valor ainda pro trabalho desses caras. Jogar em alto nível, principalmente na defesa onde qualquer erro é fatal, exige uma dedicação e um talento que a gente, aqui de fora, nem imagina. Deixa o Lino fazer o trabalho dele lá, que eu fico aqui no meu feijão com arroz mesmo.