Então, inventei moda hoje. Sabe como é, né? Deu aquela vontade de fazer uma coisa diferente, algo bem nosso, pra amanhã. Pensei logo num pão de queijo, daqueles que a gente come e sente o cheirinho de casa.

A primeira briga foi achar o tal do polvilho certo. Fui em dois mercados. No primeiro, só tinha o doce. A moça do caixa nem sabia a diferença, acredita? Falou que “acho que serve”. Acho que serve? Pão de queijo não é lugar pra “achar”, minha gente. Precisa ser o azedo, ou pelo menos uma mistura boa. No segundo mercado, achei! Ufa. Peguei o queijo minas padrão também, porque aquele curado mesmo, raiz, tá difícil e caro que só.
Cheguei em casa, todo animado. Separei as coisas na bancada, igual naqueles vídeos bonitinhos. Ovo, óleo, leite, o polvilho, o queijo ralado na hora (ralar queijo cansa o braço, viu?).
Começando a lambança
Aí começou a saga. Esquentei o leite com o óleo, conforme mandava uma receita que catei por aí. Joguei no polvilho. Meu amigo, que coisa grudenta! Parecia cola. Tentei mexer com a colher, não deu. Fui com a mão. Grudou tudo na mão, no pote, na alma.
Pensei: “Calma, vai dar certo”. Botei o ovo. Mexi mais. Virou uma gosma um pouco mais líquida, mas ainda estranha. Joguei o queijo ralado. A massa começou a parecer mais… massa. Mas ainda tava mole demais, não dava pra enrolar nem com reza braba.
Fiquei olhando praquilo. Lembrei da minha tia. Ela faz uns pães de queijo que, nossa senhora, são perfeitos. E ela faz parecer tão fácil! Certeza que ela tem algum segredo, não é possível. Ou então é a prática mesmo. Eu aqui, na primeira tentativa séria, já querendo o pão de queijo de comercial de TV.

O que eu fiz? Botei mais polvilho. Fui botando aos poucos, sovando (ou tentando sovar aquela coisa pegajosa) até dar um ponto que pelo menos desgrudasse um pouco da mão. Não ficou lisinha, perfeita, não. Ficou meio rústica, vamos dizer assim.
Enfim, consegui fazer umas bolinhas tortas. Umas maiores, outras menores. Catei uma forma, untei (mais sujeira) e coloquei as bolinhas lá. Cobri com plástico filme e mandei pra geladeira.
Agora tá lá, descansando. A ideia é assar só amanhã de manhã, pra comer quentinho no café. Sinceramente? Não sei o que esperar. Pode ser que cresça e fique ótimo, pode ser que vire um biscoito duro, pode ser que nem asse direito. Mas o processo foi… uma aventura. Pelo menos tentei, né? Amanhã a gente vê o resultado dessa trabalheira toda. Se vai ter pão de queijo ou só história pra contar.