Então, gente, vou contar como foi minha experiência na Estrada do Pacífico. Tudo começou quando um amigo chileno me falou: “Você precisa ver o pôr do sol nessa estrada!”. Peguei minha mochila velha e a câmera capenga, sem planos muito fixos.

Decolando sem muita burocracia
Comprei uma passagem de ônibus baratinha de Santiago pra Valparaíso. Sabe aquela viagem que você vai só com o básico? Uma garrafa d’água, um casaco e umas barrinhas de cereal. O motorista já avisou: “Olha, o trecho entre Concón e Papudo é onde a mágica acontece”.
A primeira vantagem que me fisgou
Quando o ônibus virou na curva da costa, o mar apareceu do nada. Parecia que tínhamos saído da terra e entrado num filme. A água azul-turquesa batendo nas pedras com aquela espuma branca… cara, até parei de mexer no celular. Fiquei só olhando pela janela com a boca aberta, igual criança vendo fogos de artifício.
Parada obrigatória em Zapallar
Desci num mirante perto daquela vila de pescador. Peguei um ceviche num carrinho de rua – fresquinho, acabado de pescar. O vendedor apontou pro horizonte: “Dá pra ver baleias em julho, se tiver sorte”. Enquanto comia, percebi a segunda vantagem: o cheiro. Ar puro com sal, zero poluição, aquele vento gelado que limpa até a alma. Respirei fundo e segurei o ar nos pulmões, como se fosse uma medinação gratuita.
O momento que valeu toda a viagem
Peguei carona com uns mochileiros argentinos até Papudo. Estacionamos numa praia deserta e esperamos. Quando o sol começou a descer, aconteceu a terceira vantagem: o céu ficou roxo, laranja, rosa – tudo ao mesmo tempo. A luz refletia nas ondas parecendo diamante líquido. Fiquei parado ali, com os pés na água fria, pensando: “Porque eu não vim antes?”. Fiz vídeos toscos pro meu canal, mas nem precisava, porque aquela vista tava marcada na memória.
Lição que trouxe na bagagem
Voltei sujo de areia, com o cabelo todo embaraçado pelo vento. Mas com uma certeza: se você quer:

- Vistas de cair o queixo
- Ares limpo pra reviver
- Pôr do sol emocionante de graça
Não precisa planejar viagem cara. Só botar o pé na estrada, escolher qualquer trecho entre Valparaíso e La Serena, e se perder. Até os pontos “sem graça” do mapa têm surpresas quando o Pacífico tá do seu lado.