Descubra o caminho do meia brasileiro de 20 anos para jogar na europa grandes ligas

Meu começo no Brasil

Com 16 anos, tava jogando num time de bairro em São Paulo. Nem categoria de base era, só pelada pós-trampo. Treinava três horas por dia num campinho esburacado, chutando bola remendada com fita isolante. Meu pai falava: “Filho, isso aqui não vai te levar a lugar nenhum”.

Descubra o caminho do meia brasileiro de 20 anos para jogar na europa grandes ligas

A primeira chance

Um dia apareceu um olheiro num torneio de várzea. Tava com cara de sono e chinelo havaiana, mas pediu meu contato. Duas semanas depois, me chamou pra teste num time da série C. Cheguei lá de ônibus interestadual, mochila com duas trocas de roupa. No primeiro treino, quase morri – o ritmo era doido, os caras me derrubando como se fosse boliche.

O pulo do gato

Fiquei seis meses no banco, só lavando chuteira. Até que o técnico me botou aos 45 do segundo tempo. Fiz um gol de letra, a torcida gritou meu nome. No outro dia, meu empresário (que era primo do meu padrinho) começou a espalhar vídeos meus. Apareceu proposta de um time da Série A. Pensei: “Agora vai!”

O baque da realidade

Quando cheguei no clube grande, vi que não sabia nada. Os caras corriam 12km por partida, eu fazia 8. Meu físico parecia um frango assado. Na primeira temporada, só fiquei no CT tratando lesão. Até o massagista zoava: “Tá precisando é de academia, não de gelo”.

A virada

Contratei um preparador físico com o dinheiro do primeiro salário. Acordava 5h pra treinar antes do coletivo. Estudei tática no YouTube até de madrugada. Quando o técnico me deu chance, fiz três assistências seguidas. Aí apareceu um agente português no vestiário, falando de Europa com sotaque esquisito.

Aterrissando na Europa

Voei pra Portugal com medo de avião e sem saber falar “obrigado” direito. No teste, quase congelei – o campo parecia tapete de hotel. Errei passe bobo, o técnico gritava palavrão que nem entendia. Mas no último dia, dei um chapéu no zagueiro e toquei pro gol. O presidente do clube veio me abraçar com cheiro de vinho.

Descubra o caminho do meia brasileiro de 20 anos para jogar na europa grandes ligas

Onde estou agora

Hoje tô aqui, dois anos depois. Já joguei contra o Cristiano Ronaldo e levei um driblé que quase quebrei o tornozelo. Ganho em euro, mas passo frio pra caramba. Todo domingo ligo pra minha mãe: “Tá vendo, mãe? Aquele menino que jogava de chinelo agora tá na TV!”

Artigos relacionados

Comentário

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Artigos mais recentes