Primeiro contato com a zoeira australiana
Cheguei em Sidney achando que já sabia de tudo sobre festa, mas meu queixo caiu no primeiro rolê. Tava no Vivid Sydney quando do nada os prédios viraram um arco-íris psicodélico. Fiquei igual turista trouxa tirando foto pra tudo quanto é lado, quase perdi o grupo todo. As luzes dançavam nas fachadas e projetavam baleias nadando no prédio da Opera House – coisa de maluco!

Quando entendi o bagulho do Australia Day
No dia 26 de janeiro, botei na cabeça que ia experimentar cada parada que vissem pela frente. Passei vergonha tentando jogar cricket no parque, mas o melhor mesmo foi a corrida de barco a remo na Darling Harbour. Os caras competindo de sunga australiana estampada com bandeirinhas, gritando “Aussie Aussie Aussie!” até ficarem roucos. Engoli tanto lambão na churrasqueira comunitária que quase passei mal.
Festival indígena que virou aula de vida
Numa cidadezinha perto de Alice Springs, caí de paraquedas num festival dos povos originários. Aprendi a assar pão no fogo com uma vó que riu da minha cara quando tentei soprar as brasas. Pintei minhas próprias mãos com terra colorida enquanto os velhos contavam histórias do Dreamtime. No final ainda levarem um banho de língua kanguru – aquele cheiro de carne defumada grudou na minha roupa por três dias!
A loucura do Sydney Mardi Gras
Pensar que quase não fui por preguiça! Peguei o transporte cheio de drag queens cintilantes cantando ABBA, foi um caos maravilhoso. Quando a parada LGBT+ estourou na Oxford Street, parecia que toda a cidade tinha virado glitter. Dançei atrás de um trio elétrico em formato de gambá gigante, abracei gente pintada de roxo e no final ainda beijei um cara vestido de unicórnio – tudo isso antes do meio-dia!
O que essas loucuras me ensinaram
Depois de cair em todos esses rolé, entendi três coisas fundamentais:
- Australiano não tem meio termo – ou fazem uma festa de família com salsichas e violão, ou transformam a cidade inteira num sonho psicodélico
- Eles metem a cara onde ninguém manda – criam eventos sobre coisas que outros ignorariam, como larvas witchetty ou campeonato de arremesso de chinelo
- Tudo vira motivo pra cerveja – seja pra celebrar a colheita de uva ou a derrota de um time de rúgbi, sempre aparece alguém com um cooler cheio de latas
No avião de volta ainda tava tirando glitter das orelhas, mas cada lantejoula era lembrança de como esse povo sabe transformar tradição em puta zoeira criativa. Já tô planejando voltar só pro Royal Show – dizem que tem corrida de minhoca e disputa de torta no rosto que é brincadeira de doido!
