Aquele susto com o teste
Ok, galera, preparem os corações porque essa história minha é de arrepiar. Tava tudo certinho na minha vida, sabe? Trabalhando de casa, sossegado, quando minha empresa me avisa: “Olha, hora de voltar pro escritório, beleza?” Nada contra, mas resolvo ser precavido. Tem um monte de gente ali, melhor garantir que tô suave.
Então, numa boa, pego aquele teste de COVID que tava parado no armário da farmácia, daqueles de antígeno que você faz em casa mesmo. O pacote, meio empoeirado já, cheio de instruções que nunca parei pra ler direito. Mas, penso: “É só enfiar o cotonete no nariz e pingar umas gotinhas, não tem mistério, né?” Que inocente.
Abro o kit, tiro as paradas todas. Olho pros desenhos da bula tentando entender quanto tempo tem que enfiar aquele canudinho no nariz. Faço do jeito que acho que tá certo, sem muita confiança. Sinto aquele incômodozinho, claro. Depois, encaixo o cotonete no líquido, espero os tais 15 minutos que estavam escritos na caixa, tentando ocupar a cabeça mexendo no celular.
Aí que vem a surpresa. Olho pro resultado e meu sangue gelou. Olhava praquele negocinho branco e via um tracinho bem forte onde dizia “C” (acho que era “Controle”), mas também, nitidamente, um outro tracinho, mais fraquinho mas impossível de não ver, onde estava marcado o “T” (algo tipo “Teste”).
Correu um filme na minha cabeça. “Mas peraí, isso quer dizer positivo? Dois traços? Ou será que é aquele tal de linha de evaporação que já ouvi falar?” Fiquei ali, paradão, encarando o negocinho como se fosse mudar de ideia. Pânico total.
Nem pensei duas vezes. Peguei meu celular e tirei fotos muito claras do teste. Primeiro, foto de frente, com a luz perfeita, sem sombra nenhuma. Depois, foto de lado pra ver se o traço continuava aparecendo. Foco total naquele quadradinho do “T”. Eu precisava documentar aquilo na hora, antes que qualquer coisa acontecesse com o teste.
Confirmando a encrenca
Com o coração batendo feito um tambor, voltei pra bula. Desespero puro. Procurei a parte que falava sobre o resultado. E lá estava, claro como água: Dois traços, mesmo que um seja mais fraco, significa resultado positivo. Não tinha margem pra dúvidas. Aquele fiapo rosa no “T” era a prova de que tava com o bendito vírus.
Mas como sou desconfiado? Não quis acreditar logo de cara. Aqui em casa ainda tinha um outro kit de teste, de uma marca diferente que a farmácia tinha dado junto uma vez. Ainda com as mãos tremendo, abri o segundo teste. Refiz tudo: cotonete no nariz (dessa vez nem senti o incômodo, de tão nervoso), pinguei as gotas e contei os minutos de novo, olhando fixo.
Resultado? O mesmo problema. Mais um tracinho clarinho no “T”, do lado do forte no “C”. Foi a confirmação. Tinha acabado de entrar pro time COVID.
Meu mundo desabou ali na cozinha mesmo. O medo bateu forte. Fiquei pensando na minha família toda. O que eu ia fazer? Tava sentindo um cansaço chato, mas nada demais. Será que ia piorar?
Segurando a onda (mesmo assustado)
Respirei fundo. Entendi que o importante agora era não fazer besteira e cuidar pra não passar isso pra ninguém. Fiz o óbvio:
- Isolamento total na sala: Virou meu quarto, escritório e tudo mais.
- Contei pra todo mundo que eu tinha contato: Trabalho, familiares, o pão que o vento levou. Nada de esconder, meu povo. Isso salva vidas.
- De olho nos sintomas: Peguei um caderninho pra anotar toda febre, tosse ou dor de cabeça, por mais besta que parecesse.
- Respeitei os protocolos: Tava em casa e ia ficar, no mínimo, pelo tempo que mandassem. Nada de inventar moda.
Tirei uma última foto dos dois testes positivos lado a lado, guardando pra me ajudar depois.
Dias depois, muito ansioso, fiz um teste tipo RT-PCR aquele mais chato, pra ter a certeza mesmo. Deu positivo também, claro. Foi só para confirmar o que as minhas fotinhas e aquele tracinho insistente já tinham me mostrado na cozinha.
Então, meu recado? O teste de antígeno caseiro é uma mão na roda, sério mesmo. Mas aprende direito a ler aquele resultado! Um traço fraquinho no “T”, já é positivo. Não subestime! Não jogue o teste fora com pressa. Tire foto boa, na hora, com luz decente. Isso pode fazer toda a diferença se você precisar mostrar pra alguém depois, ou até pra convencer a si mesmo.
Foi um baita susto, mas graças a Deus deu tudo certo no final. Fiquei só meio derrubado uns dias. Moral da história? Se você ver aquele sinalzinho extra no seu teste, mesmo que seja só um risco fraquinho? Acredite. É COVID. Melhor pecar pelo excesso de cuidado, né? A foto ajuda pra caramba, mas aprender a reconhecer o resultado logo de cara? Isso pode te poupar muita dor de cabeça e proteger quem você ama. Valeu, força pra quem tá passando por isso!