Lembro como se fosse ontem, tava na praia aqui do Rio, tomando uma água de coco, quando vi um pessoal batendo uma bolinha com raquetes na areia. Fiquei curioso pra caceta, sabe? Cheguei perto e perguntei: “ô, que esporte é esse?”. Um maluco suado me gritou: “BEACH TENNIS, IRMÃO!”.

Tentando acertar a bolinha
Pedi pra entrar na brincadeira e me arrependi na hora. Peguei a raquete – parecia uma pá de fritar ovo – e tentei rebater a primeira bola. RESULTADO: a porcaria da bola voou pro mar! Todo mundo rachando o bico. Até um turista alemão gritou “scheiße!” do guarda-sol dele.
Aprendi na marra que:
- Raquete de praia é diferente das normais – mais leve e cheia de furinho
- Tem que segurar tipo martelo, não igual vôlei
- O pior é o vento, mano! A bola faz zigue-zague que nem barata tonta
Fiquei duas semanas treinando todo santo dia antes do trabalho. Meu braço ficou dolorido igual depois da vacina, mas valeu cada bolha na mão. Até inventei uma tática (que nunca funciona): gritar “É NOSSA!” antes de sacar.
Por que viralizou no mundo todo?
Depois de tomar umas 50 boladas na cara, entendi o sucesso:
- Qualquer um joga – vi criança de 8 anos e véio de 70 no mesmo jogo
- Barato pra começar – comprei raquete por 50 mangos na feira
- Errou? Foda-se! – a galera ri junto, ninguém fica pistola
- Desculpa pra socializar – sempre aparece alguém querendo entrar no jogo
O ápice foi quando fui jogar no Nordeste. Lá misturam com forró! O pessoal bate bola no ritmo de sanfona. Já no Sul fazem torneios com chimarrão na beira da quadra. Isso que é bom: cada lugar coloca seu tempero.

Hoje sou viciado. Até nos dias de chuva fico maluco pra jogar. Se me verem gritando sozinho na areia, saibam: tô só ensaiando meu grito de guerra pra próxima bolinha perdida!