Olha, quando começei a pesquisar sobre o dragão de olhos azuis, parecia coisa de filme, sabe? Mas a vontade era tanta que resolvi botar a mão na massa. Aqui vai como fiz, passo a passo, do zero.

O Começo: Tudo Começou Com Uma História Esquisita
Estava na casa do meu avô no interior de Minas, tomando um café, quando ele soltou: “Tem uns bichos estranhos lá na Serra do Cipó, ouvem tudinho e o olho brilha azul de noite”. Fiquei com aquilo na cabeça. Não podia deixar passar. Na volta pra cidade, fui direto pro Google, mas só achei lenda. Aí pensei: “Se não tem na internet, vou ter que ver com esses olhos”.
Bota o Pé na Estrada (E No Barro)
Primeira coisa: arrumei uma mochila velha, joguei um casaco, lanterna boa, um cantil de água e biscoito de polvilho (sou mineiro, né?). Peguei a estrada pro pé da serra. Chegando lá, a coisa ficou séria. Era mato fechado, barro até o joelho. Primeira dica que funcionou:
- Ande devagar e preste atenção nos sons – Parece bobo? Mas fiquei parado um tempão num tronco, ouvindo. Passarinho, vento, água correndo… e lá longe, um som tipo um ronco baixo. Segui esse barulho.
A Madrugada Louca
Quando escureceu, acendi a lanterna mas cobri com um pano vermelho (segunda dica valiosa!). Um cara que conheci no caminho, seu Zé, me disse: “Bicho brabo não gosta de luz direta, bota um pano pra suavizar”. E funcionou! Andei horas, sentindo cada folha seca estalando no chão. Até que… vi um reflexo. Azul. Fraco, mas azul. Meu coração disparou!
Aproximei com medo, devagarinho. O bicho tava encostado numa rocha úmida. Era um lagarto enorme, diferente de tudo. Olhos como duas pedrinhas de gelo azul. Não respirei.
- Dica número 3, a melhor: NÃO TENTE TOCAR – Seu Zé avisou: “Respeita o bicho, ele é arisco”. Fiquei só olhando, uns 5 metros de distância. Tirei umas fotos no modo noturno do celular (com flash DESLIGADO, óbvio!).
O Que Sobrou?
Depois de um tempão, o lagarto levantou e sumiu na mata. Fiquei lá, de boca aberta. Consegui? Consegui. Mas não trouxe ele pra casa, trouxe a história e as fotos turvas. Aprendi que às vezes a gente acha a coisa procurando outra. Dragão mesmo? Não. Mas algo raro, bonito, que vale a jornada toda. E no fim, a recompensa é poder contar essa aventura aqui pra vocês, com o pé sujo de barro ainda.
