Filho pode ser vice do pai? Saiba quando isso gera conflito na gestão

Tava meia-noite, acordado no sofá com a cara colada na tela do celular – de novo. Tava há dias fuçando caso de empresário brasileiro que botou o filho como vice e a confusão que virou. Até deu processo na justiça. Mó medo de cair na mesma furada na minha microempresa.

Filho pode ser vice do pai? Saiba quando isso gera conflito na gestão

Vou na fonte raiz

No outro dia cedo botei o pé no Conselho Regional da minha área. Ninguém sabe porra nenhuma direito, só ficam me passando papel. “Ah, contratem um advogado”. Eu sei po, mas quero entender na prática antes!

Resumo da ópera? Não tem lei escrita com “não pode botar filho como vice”. Mas tem duas bombas relógio: a tal da fraude contra credores e a parada de conflito de interesses. Se a empresa quebrar e o pai der aumento pro filho no ano anterior? Pode rodar feio. Se filho tomar decisão que favorece o pai em vez da empresa? O mesmo.

Imprimi tudo que achei – até página errada do Diário Oficial, pra variar.

Dia D: a conversa que virou roleta russa

Chamei meu moleque no escritório. 23 anos, formado faz 3 meses. Tava todo empolgado: “Pai, quando assumo o departamento novo?”. Dei um balde de água fria com fatos:

  • Se tu errar feio? Eu vou ter que te demitir ou bancar teu erro
  • Funcionário antigo não vai te respeitar. Vai chamar de playboy
  • Se eu der mole e tu aprovar contrato bosta? A justiça desmonta a empresa

Ele ficou branco igual parede. “Não tava ligado que podia dar merda nesse nível…”

Filho pode ser vice do pai? Saiba quando isso gera conflito na gestão

A bomba estourou em 15 dias

Marcos – meu vendedor há 10 anos – veio fumegando. “Chega o garoto e já quer mudar comissão? Sabe nada da rua!”. Rolou bate-boca feio. O Rafael (meu filho) veio chorando pra mim dizendo que o cara deu um tapa na mesa.

Pior erro: quase demiti o Marcos na hora por respeito familiar. Mas daí lembrei: sem ele, a carteira de clientes vai pro ralo. Respirei fundo. Chamei os dois na sala.

“Rafael, tu não é patrão aqui ainda. Marcos, gritar não resolve. Vamos fazer assim: Rafael vai passar 3 meses na rua com você. Se sobreviverem sem se matar, aí discutimos mudança de comissão.”

Ficou o climão, mas deu pra seguir. O mais foda é que meu próprio sangue tava errado – o plano do muleque de comissão era furado mesmo. Tive que engolir e admitir pro filho.

Lição sangrando:

  • Cargo familiar pode
  • Mas tem que ter regra clara igual contratado normal
  • O velho TEM que criticar o filho na frente dos outros quando errar
  • Só coloque se realmente for o MELHOR pro cargo (não pelo sobrenome)

Se puder não colocar? Melhor. Não existe almoço grátis – até entre pai e filho.

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