Bom, essa semana tive uma experiência engraçada que resolvi anotar aqui. Tava no parque com minha sobrinha de sete anos e ela soltou: “Tio, bora jogar amarelinha?” Na hora eu pensei: “Putz, faz uns vinte anos que não pulo isso, será que lembro as regras?”. Mas aceitei o desafio pra não decepcionar a pequena.

A Bagunça Inicial
Primeiro, peguei um pedaço de tijolo que achei no chão e risquei aqueles quadrados no asfalto. Erro número um: desenhei tudo retinho, igual quando era criança, mas minha sobrinha berrou: “Tio, tá errado! Aqui em São Paulo a gente faz o céu redondo no topo!”. Tive que apagar e refazer o desenho todo, fiquei com a mão suja de poeira.
- Tentei explicar que no meu tempo não tinha essas diferenças regionais
- Ela revirou os olhos e disse: “Vovó me ensinou assim, tá certo!”
Depois veio a confusão das pedrinhas. Joguei aquela pedrinha lisa que achei no primeiro quadrado e saí pulando num pé só. Quando cheguei no “céu”, virei e PIMBA! Tropecei no retângulo do inferno. A malandrinha ficou rindo: “Lá não pode pisar mesmo, perdeu a vez!”. Faltou combinar quem explica as regras primeiro.
Os Detalhes Que Fazem Diferença
No segundo dia, fui mais esperto. Antes de sair riscando o chão:
- Pesquisei em três sites diferentes
- Assisti dois vídeos de crianças jogando
- Até liguei pra minha irmã mais velha pra confirmar
Aí descobri que o buraco é mais embaixo. A regra básica todo mundo sabe, mas tem umas variações doidas:
- Pular o quadrado que tá com a pedrinha – óbvio, né?
- No “céu” pode descansar os dois pés – alívio pros velhos como eu
- Errou o lançamento da pedra? Passa a vez! – e a criança fica felizona
O mais engraçado foi quando tentei ensinar pra ela “minhas” regras antigas. A pequena me olhou com cara de pena: “Tio, isso é regra de antigamente, agora a gente faz do jeito novo!”. Fiquei me sentindo um dinossauro.

Testando na Prática
Resolvemos fazer um campeonatinho. Marquei o chão direito, com giz colorido até:
- Primeiro quadrado: número 1, pedrinha branca
- Dois e três lado a lado
- Quadrado solitário do 4
- Parzinho 5 e 6
- Área do descanso com 7
- O bendito “céu” arredondado no final
Comecei jogando a pedrinha no 1. Pulei tudo certinho, na volta apanhei a pedra, fácil. Mas quando fui pro nível 2… MEU DEUS! Que agonia tentar acertar o quadradinho minúsculo com a pedra! Errei três vezes seguida e minha sobrinha quase rolando no chão de rir.
O auge foi quando ela inventou uma regra nova: “Quem errar tem que fazer carrinho de mão”. Resultado: tô até agora com dor nas costas. Moral da história: criança sempre muda as regras pra ganhar!
No fim, depois de muita tinta no joelho e piada da família, até que me dei bem. Na quarta partida finalmente ganhei da pestinha, e adivinha? Ela disse que valia melhor de três. Ah, essas criancinhas safadas!