Como Começou Essa Aventura
Tava planejando essa trip desde o ano passado, mas sempre enrolava por causa do trampo. Até que em fevereiro de 2023, comprei as passagens pra Rio de Janeiro na promoção relâmpago – nem acreditei que deu certo!

Primeiro passo foi a loucura dos documentos: tirei visto turístico, fiz cópia de tudo que é papel, até carteira de vacinação tive que atualizar. Separei as roupas mais leves que achei no guarda-roupa porque todo mundo avisou: “Carioca em novembro é fogo no chão!”.
O Dia D Chegou
Acordei às 4h da madrugada com o coração batendo igual maracatu. Peguei o Uber pro aeroporto e quase surto quando vi a fila imensa no check-in. Mas o pessoal ali era tão animado que até ficou divertido – galera já começando a sambar com caixa de som portátil.
Na hora de embarcar:
- Primeira surpresa: meu assento tava do lado de um senhor com papagaio de estimação no colo!
- Segunda surpresa: a comissária trouxe caipirinha antes mesmo da decolagem.
Território Carioca
Chegando no Galeão, o calor me acertou igual panelaço. Peguei o transfer rodando pelo Aterro do Flamengo e nossa… a vista da Baía de Guanabara com o Cristo Redentor no fundo? Não tem foto que faça justiça.
Hospedagem na Lapa – escolha certeira! O hostel era simples mas do lado dos arcos, então a festa começava direto na porta. Primeira noite já fui pro calçadão de Copacabana comer bolinho de bacalhau e ver os malucos jogando altas partidas de frescobol.
Os Momentos Que Arrepiaram
Subir o Pão de Açúcar de bondinho foi terror puro – olhava pra baixo e as pernas tremiam igual vara verde. Mas quando cheguei lá em cima no pôr do sol? Nossa senhora… a cidade parecia banhada em ouro derretido.
Outra loucura:
- Favela tour na Santa Marta: galera super receptiva, conheci Dona Marta que faz bolinho de chuva melhor que padaria
- Bloco de rua improvisado: perdi meu chinelo pulando num trio elétrico que passou na Selarón
- Praia do Arpoador: tomei caldo de cana vendo surfistas desafiarem ondas gigantes
As Pedras No Caminho
Claro que teve perrengue! No terceiro dia acordei com o celular sem sinal – bandido roubou antena de celular no morro vizinho. Tive que comprar chip novo na banca e reaprender a usar mapa de papel igual vovô.
E comida? Errei feio pedindo feijoada sem saber que vinha com todos os pedaços do porco. Quando vi a orelha e o rabo na panela, quase passo mal! Mas o samba da mesa do lado me distraiu.
Últimos Dias de Fogo
Reservei o último dia pra subir o Corcovado. Peguei o trenzinho cedinho pra evitar fila, mas a névoa tava tão grossa que quase não vi o Cristo. Quando pensei em chorar… PUF! O vento abriu a cortina de nuvens e lá estava Ele, braços abertos sobre a cidade. Fiquei muda, só conseguia sentir o coração batendo no pescoço.

No voo de volta, já com saudade:
- Na mochila: camisa do Flamengo falsificada e imã de geladeira com o Cristo
- No corpo: queimaduras de sol em formato de regata
- Na alma: certeza que voltarei todo ano até morrer
Vai lá também – mas já aviso: Rio não é destino, é febre. E depois que pega, não tem remédio que cure!