Ah, essa tal de rede cuca vôlei… Vou te contar, viu? Não é todo dia que a gente se mete numa enrascada divertida dessas. Mas ó, valeu cada perrengue pra botar a bichinha pra funcionar.

Tudo começou num fim de semana que a gente resolveu fazer um churras na chácara de um amigo. Sol estalando, carne na brasa, aquela alegria. E claro, a galera animou pra bater um vôlei. Só que a rede que tinha lá, coitada, já tinha visto dias melhores. Tava mais pra teia de aranha gigante do que pra rede de vôlei. Faltando pedaço, fio solto, um desastre.
Aí sobrou pra mim, né? “Fulano, arranja uma rede aí!”. Beleza. Fui na cidadezinha perto, rodei umas lojinhas de esporte. Numa delas, o vendedor me veio com essa: “Leva essa aqui, a rede cuca! É lançamento, o pessoal tá gostando.” Olhei pra caixa, nome esquisito. Pensei, “cuca”? Será que dá dor de cabeça pra montar? Mal sabia eu…
Cheguei na chácara todo feliz com a rede nova. Abri a embalagem e… nossa senhora! Parecia mais um kit de montar nave espacial do que uma simples rede. Um monte de cano, cordinha pra tudo que é lado, uns encaixes que eu nunca tinha visto na vida. E o manual? Piorou. Desenho confuso, instrução que não dizia nada com nada. Comecei a entender o “cuca” do nome. Tinha que usar a cuca mesmo, e muito!
Juntei uns dois ou três pra missão. A gente olhava pro manual, olhava pras peças, um coçava a cabeça, outro dava palpite furado. Que sufoco! Primeiro tentamos enfiar os mastros na marra. Aí a rede ficava toda torta. Desmonta. Tenta de novo. Agora os mastros ficaram bambos. Uma hora a rede tava arrastando no chão, na outra parecia rede de tênis de tão baixa.
Teve um momento que quase taquei tudo pro alto. A turma da cerveja já tirando sarro, as crianças perguntando “e aí, tio, vai sair o vôlei?”. Pressão total. Mas brasileiro não desiste fácil, né não?

Aí um dos meus amigos, o Zé, que é meio teimoso, falou: “Quer saber? Joga esse manual fora. Vamos pensar como essa geringonça deveria funcionar.” E não é que o Zé teve uma luz? Ele percebeu que umas presilhas lá, que no manual pareciam enfeite, eram a chave do negócio. Tinha um jeito certo de prender as cordas nelas que esticava a rede que era uma beleza, e firmava os postes direitinho.
Foi um custo, encaixa aqui, puxa dali, ajusta acolá. Mas depois de mais um tempo suando, finalmente! A rede cuca estava lá, montadinha, esticada, pronta pro jogo. Parecia até mágica. A gente se olhou com aquela cara de “conseguimos!”.
E o jogo? Ah, o jogo foi épico! A rede aguentou firme os saques mais potentes, as cortadas desajeitadas, a molecada se pendurando (não deviam, mas faz parte). Durou o churrasco inteiro e ainda ficou montada pro dia seguinte.
No fim das contas, a tal da rede cuca vôlei virou lenda entre a gente. Deu trabalho? Deu, e como deu! Mas depois que a gente pegou o jeito, nas outras vezes foi mais rápido. O segredo era não confiar muito no manual e usar um pouco a intuição e a paciência.
Então, se por acaso você encontrar uma dessas por aí, já sabe: respira fundo, chama uns amigos pra ajudar (e pra rir junto da situação) e encara o desafio. No final, a partida de vôlei compensa o esforço. Essa foi a minha aventura com a famosa rede cuca. Uma trabalheira que rendeu boas risadas e um ótimo jogo!
.jpg)