Sistema do jogo de voleibol: Entenda como funciona a rotação em quadra.

Ah, essa história de sistema de jogo no voleibol… Muita gente fala, desenha na pranchetinha, parece até fórmula de foguete, saca? Mas vou te contar uma coisa, direto da minha vivência: na prática, o buraco é bem mais embaixo, principalmente quando a gente lida com a galera que tá ali mais pela resenha do que pela glória olímpica.

Sistema do jogo de voleibol: Entenda como funciona a rotação em quadra.

Eu já vi cada coisa nesse mundo do vôlei amador que vocês não têm ideia. Técnico tentando implementar um 5-1 super complexo com um time que mal conseguia fazer o rodízio certo. Sabe como é? O levantador até se esforçava, coitado, mas os ponteiros pareciam estar em outra dimensão, e o central, bom, o central às vezes achava que era líbero e ficava só olhando a bola passar.

Aí você pensa: “Poxa, mas é só seguir o que o técnico manda!”. Doce ilusão, meu camarada. Porque no meio do jogo, com o placar apertado e a pressão da torcida (mesmo que seja só a tia do Zezinho gritando), cada um resolve ter uma ideia “genial”. O levantador decide atacar de segunda quando não devia, o oposto tenta um bloqueio triplo sozinho, e o líbero, ah, o líbero às vezes sonha em ser o maior pontuador do time.

Minha saga tentando organizar o “sistema”

Vou te falar, eu sei do que tô falando porque já estive no olho do furacão. Teve uma época que eu, na minha santa ingenuidade, resolvi que ia “organizar” o time de vôlei lá da firma pra um torneio mixuruca entre empresas. Pensei: “Ah, moleza! Desenho aqui um 4-2 básico, explico direitinho e a gente vai brilhar”. Mal sabia eu o que me esperava.

Primeiro, juntar a galera pro treino já era uma novela. Um chegava atrasado, outro esquecia o tênis, e sempre tinha aquele que aparecia de calça jeans jurando que ia jogar assim mesmo. Quando finalmente conseguia uns seis em quadra, tentava explicar o tal do sistema. “Olha, Fulano, você é o levantador da rede de frente. Ciclano, você é o da rede de trás. Quando rodar, troca.” Parecia simples, né? Que nada!

Na hora do “vamos ver”, era um festival de trombada. O Fulano, que deveria levantar, via a bola quicando e se jogava pra defender, deixando o Ciclano, que tinha rodado pra posição de ataque, olhando pro nada. A comunicação? Zero. Era cada um por si, e o sistema ia pro beleléu. Teve um jogo que nosso “líbero” improvisado, o seu Antenor da contabilidade, decidiu que ia dar uma cortada da linha dos três metros. Foi épico, mas não do jeito bom.

Sistema do jogo de voleibol: Entenda como funciona a rotação em quadra.

A gente tentava de tudo. Desenho, grito, promessa de cerveja depois do jogo… Nada parecia fazer o tal do “sistema” engrenar. O problema, no fundo, não era nem a complexidade do sistema em si, mas fazer com que pessoas diferentes, com níveis de habilidade diferentes e, principalmente, com graus de atenção e comprometimento variados, entendessem e executassem a mesma coisa ao mesmo tempo. Era pedir demais pra um bando de marmanjo que só queria bater uma bola e esquecer dos boletos.

No final das contas, a gente não ganhou nem a medalha de participação honrosa. Mas sabe o que eu aprendi? Que sistema de jogo no vôlei, ou em qualquer esporte coletivo, é muito mais sobre disciplina, repetição e, acima de tudo, vontade de fazer dar certo em conjunto, do que sobre ter o esquema tático mais mirabolante do planeta.

Por isso, hoje em dia, quando eu vejo um time jogando redondinho, com as peças se encaixando e o sistema fluindo que é uma beleza, eu tiro o chapéu. Porque eu sei, por experiência própria, o perrengue que é transformar um monte de jogador individual numa equipe que funciona. Não é fácil, não mesmo. E quem diz que é, provavelmente nunca tentou ensinar o seu Antenor a não cortar da linha dos três sendo líbero.

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