Pois é, eu sou daqueles que às vezes se afoba pra julgar as coisas, sabe? Pra achar que já entendeu tudo de primeira. Mas olha, a vida e o danado do tempo, eles têm um jeitinho só deles de botar os pingos nos is e mostrar pra gente como o caldo realmente engrossa.
O Começo que Parecia Conto de Fadas
Vou te contar um causo. Pinta uma parada, um projeto que parecia que ia ser A BOA, saca? Conheci uma pessoa que ia tocar isso comigo. Nossa, no começo, era só alegria. A pessoa era pura lábia, ideias mirabolantes, que a gente ia decolar junto. Pura empolgação! Eu, né, entrei de cabeça! A gente se falava direto, planejava horrores, já me via nadando em dinheiro e sucesso.
Os Primeiros Tropeços e Aquela Pulga Atrás da Orelha
Aí, como tudo na vida, o tempo foi correndo. E com ele, começou a aparecer uns negócios esquisitos. Aquelas coisinhas que a gente faz vista grossa pra não parecer o chato do rolê, sabe? Mas que ficam martelando. Tipo assim:
- Aqueles prazos que eram tipo lei? Começaram a virar “sugestão”, pra não dizer que iam pro beleléu.
- Aquela conversa toda hora, aquela parceria? Virou um “oi” sumido, sempre com uma desculpinha na ponta da língua.
- E as ideias geniais, aquelas que iam mudar o mundo? Ficavam só no gogó. Na hora de botar a mão na massa, necas de pitibiriba.
Eu ainda tentava dar um migué, pensava “ah, é só uma fase, vai passar”, “imprevisto acontece com todo mundo”. Mas sabe aquela coceirinha chata atrás da orelha? Já tava me cutucando forte.
Quando a Realidade Bateu na Porta (e Entrou Sem Pedir Licença)
Dito e feito. Depois de um tempão nesse empurra-empurra, nesse banho-maria, a casa caiu. O tal projeto dos sonhos não saía do lugar, e a tal “parceria” era mais eu me esfolando sozinho do que qualquer outra coisa. Cadê aquela pessoa cheia de pique do começo, aquela energia toda? Evaporou! No lugar, só ficou a enrolação e, sendo bem honesto, resultado que é bom, nada. Rapaz, foi um banho de água fria daqueles de tremer o queixo. Ali eu senti na pele o que minha vó já cantava a pedra: “o tempo bota tudo no seu devido lugar”. Não tem jeito.
A Lição Que o Tempo Me Deu (e Que Eu Carrego Comigo)
Hoje, parando pra pensar, foi uma baita lição, viu? Aprendi a dar uma segurada na ansiedade, a prestar mais atenção no que a pessoa FAZ do que no que ela FALA bonito. Porque no final das contas, é na correria do dia a dia, na firmeza, no suor de verdade que a gente vê quem é quem de verdade. Promessa e vento logo se vão, mas o que a gente planta e colhe, o que a gente constrói tijolo por tijolo, isso sim, fica marcado. E o tempo, camarada, esse aí não falha. Ele vai mostrando tudo, devagarinho, no sapatinho, sem gritaria. E quer saber de uma coisa? Ainda bem! Se a gente aprende a dar ouvidos pro tempo, evita cada dor de cabeça lá na frente que vou te contar. É isso aí, experiência vivida e compartilhada!